"A capacidade de procriar é um dom divino a ser
exercido com responsabilidade.Neste assunto,os desafios de hoje são bem
diferentes de antigamente."
No livro do Gênesis,a
Bíblia coloca um lindo contexto para a procriação: Deus não é sexuado,mas Ele
fez os seres humanos sexuados para serem criadores com Ele.Com isto lhes
confere o dom de procriar.
A procriação
biológica humana é apenas o começo de algo ainda maior,pois os animais também
procriam.Quando fez os seres humanos,Deus disse:"Façamos o Homem à
nossa imagem e semelhança".Assim,fez os seres humanos com inteligência
e com capacidade de amar.
Neste
contexto,"Crescei e multiplicai-vos" é uma missão ética
a ser pensada e exercida com amor.A Igreja reconhece que o casal se torna um
"intérprete do amor criador de Deus" nas situações
concretas.Por isso deve agir com responsabilidade na procriação.Alguns
critérios são: "Levar em conta o seu bem pessoal,o bem dos filhos já
nascidos ou para nascer,as condições da vida social,suas condições pessoais de
vida material e também espiritual";e também os valores da família,da sociedade e da Igreja.Formando
bem sua consciência,a decisão de ter ou não os filhos cabe "em
última instância ao casal fazê-la diante de Deus" (Gaudium et Spes
n. 50).
Hoje é bem maior
a responsabilidade social que pesa sobre o número de filhos e sua
educação.Então a maioria dos casais tem poucos filhos.E isto pode ser um gesto
de responsabilidade.Mas outros não querem filho nenhum;e isto pode ser
um gesto de egoísmo.É preciso ter razões nobres para se ter ou não ter filhos.
Toda pessoa ou
casal que estiver restrito aos seus próprios interesses não participa deste
sacramento maior que nos faz co-criadores com Deus.Mas se hoje vivemos,temos
que agradecer por tantas pessoas que assumiram esse amor comunicativo e
fecundo,para nos transmitir vida com qualidade e dignidade.
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