"As ternas carícias dos raios sobre as nuvens me
lembram da ternura"
Nasce de novo a
vida,a esperança.O passado ficou como experiência vivida e aprendida,e que me
firma na raiz do tempo.E no tempo de Deus sentimos seu carinho,sua ternura e a
certeza de que ELE não nos abandona.Ele é sempre presente no dia,na noite,no
tempo e na história.Em nós não pode perecer e há de sempre renascer a
confiança daquele que se faz nosso companheiro.
Gosto do
entardecer,e ainda mais se as nuvens grandes e pesadas enfeitam o céu.Não há
espetáculo tão vibrante quanto o pôr do solO alarido dos pássaros que buscam
abrigo e o céu corado pelos últimos raios do sol embelezam ainda mais tão nobre
espetáculo.As ternas carícias dos raios sobre as nuvens me lembram a ternura
misericordiosa de Deus para conosco.Por que então me deixar remoer por
desventuras inúteis,e deixar que a noite venha encobrir meus desgostos e
amarguras?Ainda não confiamos bastante,e a confiança torna-se uma palavra dita
da boca pra fora.As nuvens do horizonte sabem que os raios do sol não tardam a
desaparecer,e por isso parecem inertes deixando-se tocar profundamente por
eles.
Só os que sabem
romper o silêncio acomodado compreendem como Deus vai agindo em nossa vida.Não
somos nós que determinamos como Ele deve agir.A nós cabe confiar e perceber os
sinais de Deus em nós,como as nuvens que se deixam tocar pelos raios do
sol.Agarrados em nós mesmos,em nossa autossuficiência,nunca perceberemos o
valor da confiança que nos despoja de nossas sombras: "O que o olho não
viu,nem o ouvido ouviu,nem jamais subiu ao coração do homem,é o que Deus
preparou para aqueles que o amam" (1Cor 2,9).
Deixe,pois,que
sua existência seja uma porta aberta para o divino,e deixe Deus agir em você!
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